quinta-feira, 30 de julho de 2009

Utilização de recursos

Eu, desde que nasci, que tenho tido uma forma de me expressar bastante dramática, sempre que a situação assim o exige. Abro a guela, e aqui vai disto: grito de forma a que ninguém me aguente muito tempo sem me satisfazer. Ora, esta forma de comunicação era usada por mim principalmente em situações graves, como fome ou dores fortes.

Mas, para quê desperdiçar recursos? Agora, estou a usar este meu recurso com muito mais frequência. E não é que consigo atingir os meus objectivos com muito mais eficiência. Ah pois é! Uma miúda tem de aprender com a vida! (Acho que os meus papás não estão a achar muita graça a esta minha inovação, mas por enquanto estou a testá-los. ;))

domingo, 26 de julho de 2009

Nos últimos dias dei pela primeira vez umas gargalhadas

intencionais. Já antes eu tinha dado umas pequenas gargalhadas, mas que me tinham saído sem eu perceber exactamente o que era aquilo. Agora já começo a conseguir rir quando me apetece, o que é bem giro. Principalmente porque os meus pais ficam a olhar para mim com um ar tão delicioso quanto patético!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

eles em mim...

Terceiro mês

Com cerca de dois meses e meio descobri as minhas mãos. São, de facto, uma coisa (ou melhor duas coisas) fabulosa! São mesmo engraçadas. Posso agarrar cada uma delas, embrulhá-las uma na outra, pô-las na boca. Bem, um sem número de possibilidades surge agora. Estou ainda a avaliar da possibilidade de elas virem a ser um bom utensílio para eu me acalmar. Os meus pais bem que me tentam convencer que a chupeta é fabulosa para isso, mas eu não acho nenhuma piadinha àquele pedaço de borracha que eles me tentam pôr na boca. Blhaaaaarc. Nem sei como há tantos meninos a deixar-se enganar daquela maneira. Estou à espera que os meus pais decidam seguir a pediatra e deixar-me em paz com a cena da chupeta. É que por mais que lhes explique que não gosto, eles insistem! São persistentes, os papás!

Já gosto de pegar em alguns brinquedos e provar se têm bom sabor e boas texturas.

A minha mãe, este mês, esteve bastante mais calma. Só por isso eu até comecei a dormir melhor e a andar mais calma. E o bolsar praticamente acabou-se! (As cólicas é que nem por isso :()

Eles ainda andam um bocado às voltas para conseguirem que eu durma durante o dia.
À noite a maminha derrete-me e eu caio para o lado. Acho que a mamã anda desconfiada que esta rotina terá de ser alterada entretanto, mas enquanto ela me deixar... eu aproveito!

Ah... e a noite passada dormi 8 (sim, oito!) horas seguidas. O papá pensou que a mãe estava a brincar com ele quando lhe contou. (Segredo: foi só para compensar os papás da noite anterior em que lhes infernizei a vida. Mas eu estava tão mal disposta!)

Amanhã temos a consulta dos três meses. Lá vou eu visitar aquela tia esquisita, que me faz sempre umas coisas maradas. Espero que desta vez não abuse!

Segundo mês

E bolsava-me toda!
Pois foi, foi uma chatice. Porque eu de vez em quando, bolsava muito! Mesmo muito. A minha mãe até ficava surpreendida com a quantidade de leite que eu mamava. Ela não fazia ideia, na verdade.
Mas sempre que bolsava, eu, para tranquilizar a mamã, sorria. E ela dava-me leitinho outra vez! Felizmente, o meu peso não se ressentiu com estas tropelias.

Neste mês comecei a dormir seis horinhas seguidas. E a minha mãe regalada!

As cólicas continuaram...

E começámos a passear bastante. Até fomos de férias! (Vos contarei sobre estas noutro momento.) Durante as férias, a mamã tomou uma decisão muito importante, que foi largar o seu caderninho onde registava todas as minhas mamadas. A partir daí começou a descontrair mais com a minha alimentação e, na verdade, tudo ficou melhor!

Neste mês já me ria para toda a gente. Bastava darem-me um bocado de conversa (porque eu adoro uma boa conversa!) e aí estava eu. E daquelas como deve de ser. Coisa de adultos, vá lá!

Claro que me derretia (e ainda derreto!) quando a minha mãe tenta falar bébês. Sim, porque essa é a linguagem que eu falo. E muito bem, devo dizer-vos! A minha mãe começa a desconfiar que eu serei uma faladora... devo sair a ela! ;)

Adoro adormecer na maminha. Aquele entorpecimento, aconchegadinha na minha mamã, dá cabo de mim.
De vez em quando, durante o dia não consigo adormecer. E aí só os carinhos da mamã ou do papá é que me acalmam e me ajudam a deixar os olhinhos fecharem-se. É que o que me rodeia é agora tão interessante que eu nem quero desperdiçar tempo a dormir. Mas os papás têm razão, porque para eu crescer bem tenho de dormir muito. Afinal, ainda sou uma bebé!

Primeiro mês

Não podíamos sair à rua, por ordem da doutora e concordância do papá. A mamã passou-se um bocado, porque, para além de estar completamente deformada fisicamente, já não me tinha a dar-lhe pontapés na barriga para a consolar e ainda por cima não podia sair de casa comigo. Até vos conto um segredo: ela até tinha vergonha de sair à rua, pois achava-se horrível. E chorava um bocadinho!

Eu tinha cólicas. Mais do que as que gostaria, que aquela coisa dói! E eu quando me dói só me apetece gritar!

Comecei a dormir cinco horas seguidas passados poucos dias. Pelo menos quatro dormia quase sempre. Claro que guardámos este segredo entre nós, porque a pediatra queria que a minha mamã me acordasse de três em três horas para comer. Eu, no início para facilitar a decisão acordava com esses intervalos certinhos. Mas depois comecei a achar a mamã muito cansada e decidi começar a deixá-la descansar um pouco mais. :)

Comecei a sorrir ainda antes de fazer um mês, mas também comecei a tomar um remédio para as cólicas (o biogaia) uma semana antes de celebrar um mês. Ah pois foi!

Ainda assustei a pediatra, que me queria por a suplemento, porque numa das semanas aumentei pouco o meu peso. Mas a culpa não era da mamã, e ela fez questão de tornar isso bem claro! Na verdade, naquela semana eu tinha era mamado menos, porque andava com muitas cólicas.
É claro que isto deu para a minha mãe andar encucada com o meu peso durante imenso tempo, mas... eu já lhes disse para eles não se preocuparem tanto comigo, porque eu sei exactamente o que preciso e quando preciso, mas eles teimam em criar dramas onde não os há!

Tirando as noites, mamava de três em três horas, religiosamente. Mas isso passou-me como veremos adiante.

Ah... e tinha montes de soluços e engasgava-me que nem uma maluca (preguei cada susto aos papás nos primeiros dias!).

As primeiras semanas

O meu pai ficou em casa connosco nas primeiras três semanas. Felizmente para todos. Foram tempos muito bons. Eles não faziam mais nada do que cuidar de mim, verdade seja dita. Eu era o centro das atenções!

Andavam completamente derreados... a minha mãe ainda a sofrer muito com o restabelecimento depois do parto; e o meu pai cansadíssimo, porque era ele que tinha de fazer quase tudo. A mamã quase só me dava de mamar, o que já era bastante para ela.

Os primeiros dias

Felizmente, mamar não constituiu qualquer problema para mim, logo a partir do primeiro dia. (A mamã é que ainda sofreu um bocado nos primeiros tempos. Contou-me ela que aquilo no início doía bué.)

Infelizmente, tive cólicas ainda na maternidade. (Desconfio que os meus pais estiveram com vontade de se livrar de mim algures na segunda noite. Ainda bem que não o fizeram, senão não estaria aqui para vos contar estas aventuras a três!)

Os meus avós ficaram um bocado tontos com o meu nascimento. Principalmente porque eu era uma miúda muito gira. Como não tive de passar pelo, tão famoso, canal de nascimento, estava linda e maravilhosa desde o primeiro momento. (Os miúdos lá do sítio ficavam todos a olhar para mim na hora do banho. Mas eu não lhes ligava nem um bocadinho! ;))

Ah, e passei todos os testes da maternidade com distinção!

Fomos para casa no sábado, dia 25 de Abril.
A propósito, tenho um segredo para vos contar sobre este dia: os meus pais andaram um bocado totós. Eles pensam que eu não topei, mas eu vi tudo: eles de lagrimita ao canto do olho, porque afinal já iam acompanhados para casa, com uma menina linda (eu, claro!). Acho que também deviam estar um bocado assustados, mas pareciam-me felizes...

Na segunda noite em casa, fiz questão de dar a notícia de que tinha nascido a todo o prédio. Eles precisavam de saber, ora essa! Claro que usei as cólicas como desculpa. ;)
Mas resultou, porque no dia seguinte o vizinho de cima deu os parabéns ao papá pelo meu nascimento! Boa! :D

O (meu) nascimento

Então foi assim que se passou: eu nasci no dia 22 de Abril do ano de 2009.

Acho que fui muito desejada. Na verdade, os meus pais não falam muito disso porque eu apareci mal eles começaram a ponderar o assunto. Mas foi só para não lhes dar muito tempo para pensar, não fossem eles arrepender-se da ideia! ;)

O que eu sei bem é que fui muito acarinhada ainda na barriga da mamã. Aliás, ela já me disse que antes de qualquer teste ela já sabia que eu andava por lá. (Há mães muito intuitivas!)

Digo-vos que foram nove meses fantásticos, principalmente desde que a minha mãe passou a dedicar-me todo o seu tempo. Passeávamos, ela conversava muito comigo e dava-me muito carinho! Carinho que eu sempre retribuí devidamente! Dei-lhe (a ela e ao meu pai, claro) tantos pontapés!!! Ela ficava tão feliz que eu continuava... já brincávamos muito naqueles tempos.

Por isso, eu não queria assim muito nascer. Estava-se na verdade muito bem na barriga da mamã: comidinha sempre que queria, muita brincadeira... uma maravilha. E, na verdade, só me faltava mesmo vê-los, porque de resto era como se já conhecesse a mamã e o papá.

Mas a doutora achou por bem que eu nascesse na data prevista. Então deciciu provocar o parto, o que na verdade não foi assim uma experiência fenomenal. Nem para mim, nem para a mamã, que sofreu para caraças (ups, acho que ainda não posso usar esta palavra...).
E o pior foi que, depois do trabalho todo, ainda tiveram de me tirar à força, que é como quem diz, via cesariana. Isso deixou a minha mãe, para além de muito abalada fisicamente, também um pouquinho triste. “O que importa é que eu estou bem e tu também!” – disse eu para a mamã.

Adorei quando a vi pela primeira vez. Eu sei que estava a chorar, mas foi a única maneira que encontrei de expressar a minha felicidade. Ela, pelo contrário, sorria que nem uma totó. E deu-me montes de beijocas, mesmo comigo ainda toda sujinha.

O meu pai não queria acreditar, como eu era linda e crescida. Ele, que se preocupou tanto com o meu crescimento na barriga da mamã, ficou estupefacto quando me viu pela primeira vez.

Pois é, é que eu pesava 3.5 kg e media 50 cm. Para uma mamã com aproximadamente um metro e meio de gente, eu era bem grandinha. Não admira que ela tenha tido uma barriga tão grande e que eu não tenha conseguido sair sozinha.

O nascimento (do blog!)

A minha mãe incumbiu-me, muito recentemente, de dar início a um blog por conta própria. Digamos que a minha mãe tem muitas esperanças na minha pessoa. E eu ainda tão pequena! No fundo eu compreendo-a: o que ela quer é poder recordar as aventuras que ela e o meu pai vão vivendo comigo. Ora, eu só nasci há três meses e já lhes parece que estou com eles há uma eternidade! (O que não tenho a certeza de que seja efectivamente bom, mas... tirem as vossas próprias conclusões...)

Por isso, é preciso que alguém vá registando as nossas melhores (e as piores, porque não?!) aventuras. E parece que sobrou para mim. Estes meus pais prometem...